O novo Anel Rodoviário, agora administrado pela Prefeitura de Belo Horizonte, não tem fiscalização de velocidade, nem uma data prevista para que isso volte a acontecer. Após a retirada de 20 radares que eram de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), na sexta-feira (19/9), o Executivo começou a instalação de novos equipamentos. Porém, eles ainda não estão aptos para fiscalizar e a prefeitura não soube informar quando estarão, nem quantas estruturas já estão fixadas na via.

Pelo menos três equipamentos já foram instalados ao longo da via pela prefeitura, conforme flagrou a reportagem na noite de sábado (20/9). O Executivo prometeu equipamentos em 40 pontos do Anel Rodoviário quando assumiu a gestão do trecho. Os equipamentos são a principal estratégia adotada no momento para redução de acidentes no trecho, que totalizou 3.039 batidas neste ano, com 583 vítimas. A rodovia lidera o número de mortes por incidentes envolvendo veículos automotores na capital.

Perguntada no fim de semana e nesta segunda-feira (22/9) sobre quantos radares foram instalados nos últimos dias, a assessoria da prefeitura disse não saber o número correto. Antes de entrarem em operação, os dispositivos passarão por testes e faixas de pano serão instaladas com as datas de início das fiscalizações.

Um dos equipamentos foi instalado na marginal da via, na altura do bairro Engenho Nogueira, no sentido Rio de Janeiro. A velocidade máxima permitida lá é de 50km/h. Já na faixa principal do Anel Rodoviário, os equipamentos instalados estão configurados para 70km/h em um primeiro momento.

Ainda na sexta-feira, a prefeitura respondeu à reportagem que “vem executando um plano de modernização e operação viária que inclui a implantação de novos equipamentos de fiscalização eletrônica”. Na ocasião, existiam 20 radares de propriedade do DNIT na via, sendo 10 em cada sentido. “Paralelamente, já estão em instalação faixas de fiscalização em pontos do Anel, que totalizarão 119 faixas de fiscalização em aproximadamente 40 locais. A retirada dos equipamentos antigos é de responsabilidade do DNIT e se faz necessária para viabilizar os ajustes técnicos dos novos aparelhos que serão operados pela BHTrans”, se posicionou, sem informar a quantidade exatas de radares instalados.


Fonte: O tempo