10 de Janeiro de 2025
Economia
Inflação cresce 0,13% em dezembro, fechando ano com uma alta de 4,83%
Inflação foi de 0,52%, valor um pouco menor do que em dezembro de 2023, quando foi de 0,56%.
A inflação oficial do país de dezembro foi de 0,52%, ficando 0,13 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de novembro (0,39%). Em dezembro de 2023, a variação havia sido de 0,56%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo fechou o ano com alta acumulada de 4,83%, acima do teto da meta para o ano.
À exceção do grupo Habitação (-0,56%), os demais grupos de produtos e serviços tiveram alta em dezembro. A maior variação (1,18%) e o maior impacto (0,25 p.p.) vieram do grupo Alimentação e bebidas, seguido por Transportes, com alta de 0,67% e 0,14 p.p. O grupo Vestuário (1,14%) teve a segunda maior variação em dezembro, após o recuar 0,12% em novembro.
O grupo Alimentação e bebidas teve seu quarto aumento consecutivo (1,18%) em dezembro. A alimentação no domicílio subiu 1,17%, influenciada pelas altas das carnes (5,26%), com destaque para costela (6,15%), alcatra (5,74%) e contrafilé (5,49%), além do óleo de soja (5,12%) e do café moído (4,99%). Já as quedas em destaque foram limão (-29,82%), batata-inglesa (-18,69%) e leite longa vida (-2,53%).
A alimentação fora do domicílio (1,19%) acelerou ante o mês anterior (0,88%), com a refeição (1,42%) sendo o subitem com a maior contribuição individual (0,05 p.p.), seguido do lanche com 0,96% de variação e 0,02 p.p. de contribuição.
No grupo dos Transportes (0,67%), o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços do transporte por aplicativo (20,70%) e das passagens aéreas (4,54%). Os combustíveis aumentaram 0,70%, com as seguintes variações: etanol (1,92%), óleo diesel (0,97%), gasolina (0,54%) e gás veicular (0,49%).
No grupo Habitação, que teve queda de -0,56%, a energia elétrica residencial recuou 3,19%, influenciada pelo retorno, em dezembro, da bandeira tarifária verde, sem cobrança adicional nas contas.
Em entrevista ao Jornal da CBN, o economista e coordenador dos Índices de Preços do FGV-IBRE, André Braz, analisa os dados da inflação de 2024. Ele destaca a alta de 4,83%, acima do teto, vem principalmente do aumento do preço dos alimentos, que foi de 8%.
'O dólar alto pode ser um problema para agora. O aumento da gasolina é uma das principais pressões para a inflação', afirma ele, analisando o que pode acontecer para 2025.
Fonte: CBN