25 de Março de 2019

Barragem

Sobe para 214 o número de mortos identificados na tragédia de Brumadinho

A barragem se rompeu no dia 25 de janeiro deste ano.
Corpo de Bombeiros
Corpo de Bombeiros
De acordo com a Defesa Civil de MG, noventa e uma pessoas seguem desaparecidas. Barragem da mineradora Vale se rompeu no dia 25 de janeiro, e lama atingiu casas, pousada e refeitório da empresa.

A tragédia da Vale, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, completa dois meses sem que todas as famílias tenham enterrado as vítimas do rompimento da barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão. Até esta segunda-feira (25), duzentos e quatorze mortos foram identificados e 91 pessoas estavam desaparecidas.

A barragem se rompeu no dia 25 de janeiro deste ano. A avalanche de lama ainda deixou cerca de 80 pessoas desabrigadas. O Rio Paraopeba foi contaminado e produtores rurais da região perderam tudo.

Nesta segunda-feira (25), 129 bombeiros continuam trabalhando em 23 frentes na área soterrada pela lama de rejeitos. Cães farejadores e helicópteros ajudam nas buscas.

A Barragem do Feijão tinha um volume de 12,7 milhões de m³ de rejeitos de minério de ferro. Ela estava entre as dez estruturas que seriam descomissionadas pela mineradora.

CPI

Nesta segunda-feira (25), começa a fase de interrogatórios na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Barragem da Brumadinho, realizada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Os deputados vão ouvir representantes do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e das polícias Militar, Civil e Federal. O objetivo é saber detalhes sobre a coleta de informações e investigações.

A CPI pretende apurar as causas do rompimento da barragem, reunir provas e acompanhar a reparação de danos.

Treze pessoas são investigadas por envolvimento no desastre da Vale em Brumadinho. Entre eles estão onze funcionários da mineradora e dois consultores da empresa alemã TUV Sud. Todos foram presos por duas vezes, mas agora respondem pelo processo em liberdade.

De acordo com o Ministério Público (MP), as prisões foram pedidas à Justiça porque, segundo a promotoria, eles "tinham pleno conhecimento da situação de estabilidade da barragem".


Fonte: G1